Alguns Pensamentos...

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sexta-feira, agosto 31, 2007

Férias bloguíticas


segunda-feira, agosto 27, 2007

Adeus a um intelectual público


«Um intelectual no sentido em que ele o entendia: agarrado à vida em todas as suas manifestações e tirando dela reflexões quase sempre luminosas e inteligentes.»
Manuel Alberto Valente

sexta-feira, agosto 24, 2007

A dimensão jubilatória da vida

Gostar de gostar.

quarta-feira, agosto 22, 2007

Intemporal

[clique na imagem para aumentá-la]

segunda-feira, agosto 20, 2007

Em trabalho ou em lazer...

... o Verão tem em mim o mesmo efeito que a kryptonite tem para o Super-Homem.

sexta-feira, agosto 17, 2007

Desvalorização nacional

A valorização desmesurada da opinião alheia em Portugal, em especial sempre que é proferida «além fronteira» conduz ao desperdício de demasiada energia. Raramente se faz uma análise construtiva: o exercício é fútil, pouco fundamentado, conduzindo à «catarse» colectiva que alimenta o sentimento de infelizes militantes fadados a um destino cruel. A obsessão nacional pela noticia divulgada na imprensa estrangeira, mesmo que efectuada em obscuros meios de comunicação, tablóides ou canais de televisão, faz esquecer que, infelizmente, por todo o mundo, um assunto só é noticia e gera bons títulos se abordar de forma sensacionalista o lado negro dos acontecimentos. As noticias, com quais invariavelmente perdemos tempo, são muitas vezes produzidas com ligeireza e pouco rigor, e na maioria dos casos, servem pouco mais do que ocupar espaço disponível e aumentar as audiências.
Naturalmente, quem as veicula ignora o facto destas provocarem uma depressão generalizada num pequeno país que assimilou durante muitos anos a sensação que é incapaz de vencer num espaço de competição aberto e global.
Um pequeno périplo pela Europa permite constatar coisas simples: por exemplo, os italianos e os gregos possuem hospitais muito «assustadores», a polícia inglesa não é especialmente eficaz, na Suíça também existem zonas degradadas e os espanhóis e os franceses conduzem de forma muito desastrada.
É necessário perceber que o valor do povo português não se discute nos jornais e concentrar energias na criação de algum valor que possa contribuir para o desenvolvimento da confiança portuguesa.

quinta-feira, agosto 09, 2007

Pura e simplesmente

Perfeito é o que é feito até ao fim. Nada mais.

terça-feira, agosto 07, 2007

Peões num xadrez?

Recorde-se que há muito tempo que a União Europeia (UE) estava a trabalhar na libertação das enfermeiras búlgaras e do médico de origem palestiniana e que todas as presidências desde 2005, em particular a do Reino Unido e a alemã, se empenharam na resolução do problema.
Todas elas contribuíram, em planos distintos, para a solução complexa (mas finalmente eficaz) que levou à libertação dos detidos, a penar há oito anos nos cárceres líbios. Desta vez – e por uma vez – não é difícil tributar o sucesso à tantas vezes denegrida política externa comum europeia.
A UE conseguiu algo que a Bulgária, sozinha, jamais teria peso para conseguir. Basta ver a solução da constituição do Fundo Internacional de Benghazi (461 milhões de dólares), para o qual todos os países europeus vão contribuir de variadas formas, e que visa ressarcir o Estado líbio do adiantamento feito às famílias das vítimas a título indemnizatório.
Neste cenário, é relevante salientar a visita de Sarkozy à Líbia e a assinatura de vários acordos e a realização de promessas políticas mútuas que a Alemanha veio depois dismistificar.
O responsável alemão pelos Negócios Estrangeiros, Gernot Eiler, afirmou que o acordo assinado por Sarkozy em Tripoli que compreendia o fornecimento, pela França, de um reactor nuclear para transformar água do mar em água potável, prejudicava potencialmente os interesses alemães. Porquê?
Porque o acordo, segundo Elner, não foi apenas bilateral e os interesses alemães sairam lesados dado o possível envolvimento da Siemens, o grupo alemão que tem cerca de 40% da Framatome, que consequentemente tem um envolvimento nuclear com a francesa Areva (o maior fabricante de reactores nucleares e que poderia fornecer o reactor à Líbia).
Erler exigiu consultas com a França, não sem assinalar que a exportação de tecnologia nuclear para a Líbia levantava preocupações de segurança à Europa.
Será que as enfermeiras búlgaras e o médico de origem palestiniana não passaram de peças num xadrez mais vasto e complexo?

segunda-feira, agosto 06, 2007

El Solitario

Não é sem uma ponta de orgulho que se sabe que o assaltante mais procurado pela polícia espanhola, de quem fugia há 13 anos, foi capturado em Portugal, pela Polícia Judiciária, quando ia realizar o último assalto antes de fugir para o Brasil
Ele estava fortemente armado. Os polícias portugueses só tinham pistolas capazes de aturdir sem matar. Convenhamos que há alguma ironia romântica nesta história...

quarta-feira, agosto 01, 2007

Trabalho sem esperança


Sísifo fora condenado pelos deuses a realizar um trabalho inútil e sem esperança por toda a eternidade: empurrar sem descanso uma enorme pedra até o alto de uma montanha, a partir da qual ela rolaria encosta abaixo para que o herói mitológico descesse em seguida até o sopé e a empurrasse novamente até ao cimo, e assim indefinidamente, numa repetição monótona e interminável através dos tempos. O inferno de Sísifo é a trágica condenação de estar empregado em algo que a nada conduz, realizando um trabalho sem esperança.
Não seremos Sísifos que fazemos de nossa vida diária uma enorme pedra que levamos ao topo de uma montanha para que ela role ladeira abaixo e volte a ser erguida no dia seguinte, por exemplo, através da rotina do trabalho que se repete sem variação ou renovação? Não estaremos empenhados num grande esforço, numa grande luta, num grande sacrifício que “nada nos traz”?
Talvez, num lampejo de consciência, Sísifo tivesse reconhecido o peso de seu infortúnio representado pelo enorme rochedo da inutilidade. Será que ele consideraria que estaria a assemelhar-se ao rochedo e que seria necessário reverter aquele processo monótono, cíclico e repetitivo?