Alguns Pensamentos...

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sexta-feira, junho 30, 2006

Há notícias e notícias...

Sim, também acho que a nomeação da filha do ex-Presidente da República para adjunta do ministro da Presidência do Conselho de Ministros, Pedro Silva Pereira, não terá passado de uma fantástica coincidência. Nada a ver com o ser filha de quem é, nem pensar. Teve sorte, muita sorte, foi o que foi. Apenas isso. E também concordo que não foi notícia.
Notícia seria o ministro (este ou qualquer outro) ter nomeado adjunta a filha de um remediado e anónimo cidadão.

quarta-feira, junho 28, 2006

A batalha do déficit

O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean Claude Trichet, afirmou ser favorável à contenção salarial em Portugal. Ainda bem que o nosso Ministro das Finanças ripostou dizendo não precisar de conselhos facultativos.
A autonomia absoluta de que disfruta o BCE para a definição da sua política monetária não pode ser transformada num direito de opinar sobre as politicas governamentais dos Estados sócios daquele banco emissor. O que se pede ao BCE é que mantenha controlada a inflação,os preços estáveis e os juros baixos.S e conseguirem reflectir sobre o menor crescimento da zona euro tanto melhor. Se os seus administradores tirarem conclusões sobre a pouca dimensão internacional da moeda que fabricam, e sobre a actual tendência para se fazer do ouro uma moeda de refúgio, mais perto estarão do mandato que receberam. A autonomia do BCE não lhe permite entrar na área dos governos e na política de redistribuição de rendimentos.
A autonomia dos bancos centrais, necessária à condução da política monetária, implica que se respeite a autonomia dos governos.
E já agora, não seria de redefinir o papel dos bancos centrais nos países da zona euro no sentido de os tornar mais úteis financeiramente, e com maior capacidade de redistribuição de dividendos de aplicações rentáveis para os Estados? Todos devem contribuir para a batalha do déficit...

terça-feira, junho 27, 2006

Há luar?

Fui ver a peça de Luis de Sttau Monteiro em representação na Barraca, um grupo de teatro que atravessou estes 30 anos fiel a um padrão estético e político que condiz muito harmonicamente com o drama escrito em 1961. O resultado é um espectáculo surpreendentemente intenso e claro na acção.
O texto de Sttau Monteiro foi enxugado por Helder Costa (o encenador), o que se compreende pois ele foi escrito para ser lido dada a nula probabilidade de ser representado no contexto do Portugal salazarista abalado pela campanha de Humberto Delgado.
Aliás, o general Gomes Freire aparece como um antepassado de Delgado, e isso quatro anos antes do assassinato deste pela PIDE. Com uma boa distribuição de actores, desde Céu Guerra no díficil papel da mulher do general que servira Napoleão, até aos novos André Nunes e Ruben Garcia, sem esquecer o profissionalismo de João Ávila,o espectáculo recomenda-se.
Hoje não vejo ninguém a retratar o passado da opressão em Portugal como Sttau Monteiro o fez há mais de 40 anos. Porque será?

segunda-feira, junho 26, 2006

Portugal em euforia: só faltava uma bandeira no espaço

sexta-feira, junho 23, 2006

Jornalismo (d)e opinião

É claro que a rapidez a dar notícias não é um trunfo do jornal. Os jornais têm de apostar na análise, no comentário, na multiplicidade de pontos de vista.

José Vitor Malheiros, Público, 16 Junho 2006

Ou seja, na opinião. Que perigo - dirão os que ainda relacionam a opinião com o reino do vale-tudo, da livre subjectividade, do "foi assim que eu vi" ou do "é o meu ponto de vista".
Mas a questão é esta: como pode a opinião (da análise, comentário, crítica, etc.), aspirar à boa aceitação dos leitores se não se cingir à racionalidade de todo o pensar e dizer?
Não haverá mais objectividade jornalística numa opinião devidamente justificada do que numa notícia com fonte anónima que retira ao leitor qualquer possibilidade de a confirmar?

quarta-feira, junho 21, 2006

Misturar ou não acontecimentos históricos

A Igreja Ortodoxa Russa (IOR) decidiu organizar em Moscovo, de 3 a 5 de Julho, uma Cimeira Mundial de Líderes Religiosos, mas deixou de fora o Papa Bento XVI, de uma das maiores confissões religiosas do mundo.
O Metropolita de Smolensk e Kaliningrado, Kirill, que dirige o Departamento de Relações Internacionais da IOR, encontrou para esta decisão uma daquelas explicações que, como se diz em bom português, "nem o menino Jesus convence".
Basicamente, não foi enviado ao Papa pessoalmente um convite, porque a sua visita à Rússia seria um acontecimento histórico e seria incorrecto misturar dois acontecimentos históricos - declarou Kirill numa conferência de imprensa na capital russa, acrescentando que o Papa envia uma delegação do mais alto nível, o que mostra o seu apoio à cimeira.
Nos últimos tempos, incentivaram-se os contactos entre católicos e ortodoxos e um dos desejos do Papa João Paulo II era visitar a Rússia, mas tal não aconteceu.
Talvez o seu sucessor venha a ter mais sorte...

segunda-feira, junho 19, 2006

Um pesadelo

Ruptura de ligamentos.
Paragem prevista: 2 semanas

quinta-feira, junho 15, 2006

Valha-nos madre "treza"!!!



Vários distritos do país atingidos pelo mau tempo que, ao que parece, apanhou Portugal desprevenido.

quarta-feira, junho 14, 2006

Cuba: sucessão dinástica?!

Pelos vistos Cuba está em vias de deixar de ser uma República para se tornar num… num quê? Num reino? num império? numa qualquer holding empresarial? Quando se ouve que Fidel Castro quer ter como sucessor(?) – para um país com um regime democrático não monárquico ou imperial haver sucessão, é, no mínimo estranho – o seu irmão Raul Castro que, por sua vez, diz que o Partido Comunista Cubano (PCC) é o único sucessor de Fidel.
Fidel e Che – como se sentirá Che Guevara perante estas notícias – tinham comandado uma força para destituir déspotas, hipócritas e falsários como Fulgêncio Baptista para, agora, vermos isto… quem se ri com isto tudo é o seu potentado vizinho do Norte.

terça-feira, junho 13, 2006

Um passo para a adesão?

Os soldados norte-americanos que no dia 27 de Maio tinham chegado à Península da Crimeia, no Sul da Ucrânia, para participar nas manobras militares internacionais, deixaram a região rumo à Alemanha.
O anúncio desses exercícios militares provocou uma onda de contestação entre as forças comunistas e pró-russas na Crimeia, que os consideraram um passo na adesão da Ucrânia à Aliança Atlântica (NATO). O Governo de Kiev deu um forte argumento aos adversários das manobras ao não ter pedido à Rada Suprema (Parlamento) da Ucrânia autorização para a sua realização, como exige a Constituição do país.
Mais um forte revés para o Presidente Victor Iuschenko, a juntar às dificuldades que enfrenta na formação de um executivo “laranja”, apoiado pelos partidos políticos que o elegeram nos finais de 2004. Os aliados não conseguem repartir as pastas no futuro Governo, nem os cargos na Rada Suprema.

segunda-feira, junho 12, 2006

O Código Da Vinci




Muitas pessoas ficaram intrigadas depois de conhecer os “segredos” que O Código Da Vinci parece desvendar sobre a história do Cristianismo.
O filme aumentou o interesse público sobre as origens da Bíblia e dos pontos centrais da doutrina cristã, como, por exemplo, no que diz respeito à divindade de Jesus, temas importantes e merecedores de estudo na abundante literatura relevante e de qualidade que está disponível nas secções científicas das bibliotecas e não partindo do livro escrito por Dan Brown que teve apenas o engenho de tecer um enredo cativante devido à temática religiosa que aborda.
Os "segredos" do código são desvendados nas análises ao filme de Ron Howard feitas aqui e aqui.

sexta-feira, junho 09, 2006

Beneficiados com a morte de Al-Zarqawi?



Será que a morte do jordano Abou Moussab al-Zarqawi e do seu conselheiro espiritual, Abdel Rahma, irá fazer diminuir a tensão social e política no Iraque e na região – constituiu um alívio, nas palavras de Kofi Anann, uma grande derrota para al-Qaeda, segundo Durão Barroso, e uma vitória sobre o terrorismo, nas de Bush –, ou teremos, pelo contrário, o mártir que faltava para fazer eclodir ainda mais o espírito terrorista?
Um sucessor já parece haver: o egípcio Abu al-Masri, que foi um dos tenentes de al-Zarqawi, parece ser o candidato mais provável à sua sucessão como terá afirmado o general norte-americano William Caldwell.
Se tomarmos como exemplo o caso da Somália onde as milícias radicais islamitas da União dos Tribunais Islamitas (UTI) proclamam vitórias atrás de vitórias sobre os senhores de guerra (agrupados na Aliança para a Restauração da Paz e Contra o Terrorismo, criada com apoio norte-americano) que, de certa forma, estavam legitimados por acordos que lhes davam algum poder no Parlamento e no Governo, ameaçando inclusive avançar sobre a Jawhar, 90 quilómetros ao norte da capital Mogadíscio, onde não só se refugiaram alguns dos senhores da guerra como lá estão as sedes de várias organizações internacionais.
Por algum motivo, um dos principais líderes da UTI, Sheikh Nur Barud, já faz um claro apelo à “guerra contra os ímpios”; uma clara alusão quer aos senhores de guerra apoiados pelos Estados Unidos, quer a George W. Bush que diz estar preocupado com a instabilidade reinante – como se fosse de agora – na Somália.

quarta-feira, junho 07, 2006

Pão e circo

Na antiga Roma, os imperadores providenciavam, para a satisfação do seu povo, que nunca faltasse pão e circo. Séculos passaram e Portugal assemelha-se, hoje em dia, neste pequeno aspecto, a uma espécie de segunda Roma.
Apesar da grave situação económica, do acentuado aumento do desemprego, do futuro incerto na função pública e das más notícias da segurança social, os portugueses parecem apenas preocupados com o futuro da selecção nacional de futebol.
Enquanto Portugal se mantiver em competição pouco ou nada se ouvirá sobre o desemprego, o atraso em relação à Europa, a mobilidade dos funcionários públicos, o abandono escolar coexistindo com mais de trinta e cinco mil portugueses vítimas da exploração do trabalho infantil, a destruição da nossa floresta pelos fogos florestais e mais um sem número de problemas que nos colocarão a prazo, no último lugar da Europa.
Todos os holofotes e atenções se focalizam no percurso da nossa selecção, Portugal sonha com a impossibilidade e assim quando a realidade se sobrepuser à ficção o despertar vai ser mais uma vez muito doloroso.
Os deputados até já consensualizaram a alteração dos seus horários para evitarem estarem presentes em espírito na Assembleia mas ausentes na realidade e assim poderem ver os jogos repousadamente e sem pesos na consciência. Máximo da generosidade, aguarda-se a todo o momento que esta flexibilização se estenda a toda a população activa portuguesa.
Poucas são as vozes que tentam moderar as expectativas populares e muitas, com elevadas responsabilidades, as que as alimentam.
Anestesiados, os portugueses, sem que disso se apercebam, vão tendo circo mas cada vez menos pão...

terça-feira, junho 06, 2006

Manuais na Arábia Saudita

FIRST GRADE: "Every religion other than Islam is false.""Fill in the blanks with the appropriate words (Islam, hellfire):
Every religion other than ______________ is false. Whoever dies outside of Islam enters ____________."
FOURTH GRADE: "True belief means [...] that you hate the polytheists and infidels but do not treat them unjustly."
FIFTH GRADE: "It is forbidden for a Muslim to be a loyal friend to someone who does not believe in God and His Prophet, or someone who fights the religion of Islam."
SIXTH GRADE: "Just as Muslims were successful in the past when they came together in a sincere endeavor to evict the Christian crusaders from Palestine, so will the Arabs and Muslims emerge victorious, God willing, against the Jews and their allies if they stand together and fight a true jihad for God, for this is within God's power."
EIGHTH GRADE: "As cited in Ibn Abbas: The apes are Jews, the people of the Sabbath; while the swine are the Christians, the infidels of the communion of Jesus."
"Activity: The student writes a composition on the danger of imitating the infidels."
NINTH GRADE: "The clash between this [Muslim] community (umma) and the Jews and Christians has endured, and it will continue as long as God wills."
ELEVENTH GRADE: "The greeting 'Peace be upon you' is specifically for believers. It cannot be said to others."
Reportagem completa aqui

segunda-feira, junho 05, 2006

Tudo é passageiro?



Após um dia tristonho,
de mágoas e agonias
vem outro alegre e risonho:
são assim todos os dias.

sexta-feira, junho 02, 2006

As presidenciais no Perú

Os cerca de 16,5 milhões de eleitores peruanos vão hoje escolher o presidente que irá substituir Alejandro Toledo, aquele que, nos últimos anos, quase conseguiu pôr o país no trilho do desenvolvimento económico.
Se estas fossem umas eleições presidenciais normais, os sufragados seriam Alan Garcia Perez, o antigo e inepto presidente e o coronel Ollanta Humala Tasso, um militar que tentou liderar um golpe contra Fujimori, com recentes trocas de correspondência com Montesinos, antigo e corrupto membro dos serviços secretos peruanos, além do claro e inequívoco apoio do presidente venezuelano Hugo Chavez, o seu grande ídolo.
Aliado aos 20% de indecisos que poderão fazer pender a balança para um ou outro lado – as sondagens dão cerca de 55% para Garcia e 45% da Humalla – quem, realmente, irá estar a ser escrutinado não será nem Alan Garcia nem o coronel Ollanta Humala mas tão só Hugo Chavez e os últimos actos políticos da nova facção radical latino-americana. Quem vai estar de olhos nestas eleições serão os EUA, para quem já basta um Hugo Chavez, os políticos mexicanos com eleições próximas e com uma esquerda liberal em ascensão e os seus vizinhos mais próximos.
Veremos, amanhã, quem os peruanos escolheram. A estabilidade ou a confrontação...

quinta-feira, junho 01, 2006

Dia Mundial da Criança: os direitos

Todas as crianças têm Direitos que, não poucas vezes, são esquecidos ou espezinhados. São dez os princípios que norteiam a "Declaração dos Direitos da Criança", assinado em 1959, no seio dos países que formam a ONU.
E eles são:
1º Princípio Toda criança será beneficiada por estes direitos, sem nenhuma discriminação de raça, cor, sexo, língua, religião, país de origem, classe social ou situação económica. Toda e qualquer criança do mundo deve ter seus direitos respeitados!
2º Princípio Todas as crianças têm direito a protecção especial e a todas as facilidades e oportunidades para se desenvolver plenamente, com liberdade e dignidade. As leis deverão ter em conta os melhores interesses da criança.
3º Princípio Desde o dia em que nasce, toda a criança tem direito a um nome e uma nacionalidade, ou seja, ser cidadão de um país.
4º Princípio As crianças têm direito a crescer e criar-se com saúde. Para isso, as futuras mães também têm direito a cuidados especiais, para que seus filhos possam nascer saudáveis. Todas as crianças têm também direito a alimentação, habitação, recreação e assistência médica.
5º Princípio Crianças com deficiência física ou mental devem receber educação e cuidados especiais exigidos pela sua condição particular. Porque elas merecem respeito como qualquer criança.
6º Princípio Toda a criança deve crescer num ambiente de amor, segurança e compreensão. As crianças devem ser criadas sob o cuidado dos pais, e as mais pequenas jamais deverão separar-se da mãe, a menos que seja necessário (para bem da criança). O governo e a sociedade têm a obrigação de fornecer cuidados especiais para as crianças que não têm família nem dinheiro para viver decentemente.
7º Princípio Toda a criança tem direito a receber educação primária gratuita, e também de qualidade, para que possa ter oportunidades iguais para desenvolver as suas habilidades. E como brincar também é uma boa maneira de aprender, as crianças também têm todo o direito de brincar e de se divertir!
8º Princípio Seja numa emergência ou acidente, ou em qualquer outro caso, a criança deverá ser a primeira a receber protecção e socorro dos adultos.
9º Princípio Nenhuma criança deverá sofrer por negligência (maus cuidados ou falta deles) dos responsáveis ou do governo, nem por crueldade e exploração. Não será nunca objecto de tráfico (tirada dos pais e vendida e comprada por outras pessoas). Nenhuma criança deverá trabalhar antes da idade mínima, nem deverá ser obrigada a fazer actividades que prejudiquem sua saúde, educação e desenvolvimento.
10º Princípio A criança deverá ser protegida contra qualquer tipo de preconceito, seja de raça, religião ou posição social. Toda criança deverá crescer num ambiente de compreensão, tolerância e amizade, de paz e de fraternidade universal.