Alguns Pensamentos...

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segunda-feira, novembro 19, 2007

Mais além

Ao assistir ao programa, apercebi-me que a Cimeira UE-África foi acantonada em torno da polémica da vinda do líder do Zimbabwe a Lisboa e à posição assumida por Gordon Brown a esse respeito. Na questão Mugabe, há um equívoco claro no pensamento do sucessor não eleito de Tony Blair: a cimeira de Dezembro é um encontro entre a Europa e a África e não a santificação do regime de Zimbabwe. Dizer que estar presente no encontro é desculpar a tirania de Harare, torna-se até um pouco insultuoso para os participantes.
A verdade é que o pré-anúncio de boicote por Gordon Brown, se procurava convencer indecisos, não surtiu efeito. De Prodi a Merkel, passando por Durão, todos reflectem o mesmo: deixar de falar com África, por causa de Mugabe, seria fazer deste o ganhador. E falar de boa governação, em África, é confrontar Mugabe, no local próprio, com os seus excessos, não é perder por falta de comparência.

quinta-feira, novembro 15, 2007

Um dos melhores discursos políticos pós-25 de Abril

sexta-feira, novembro 09, 2007

A relação e o valor

Esboça-se actualmente uma tendência para considerar o valor como alguma coisa de dinâmico, sempre possível pela liberdade do sujeito. Na linha desta doutrina, o homem não tem que aderir a uma ordem exterior a si, universalmente válida. Tem antes que se realizar, construindo-se em liberdade total, porque o seu caso é singular e únicas as coordenadas que estruturam a sua realidade existencial.
E daqui há quem conclua que não há valores universais, desencarnados, imutáveis, separáveis da vida, mas que, por exemplo, o Bem e a Justiça, entre outros, só tem realidade para o homem na medida em que os faz seus, na medida em que os converte em vida. Mais do que isso: não tem, mesmo, outra realidade senão a que é conferida pela liberdade individual.
Por outro lado, concluem ainda que o único critério adequado de juízo é o critério subjectivo, à medida do sujeito. E assim se chega a um relativismo moral que identifica o valor com situação. Neste sentido, julgando realizar-se totalmente, fazendo da liberdade a fonte de todos os valores, o homem acaba por se negar, porque a chave do problema está, não em considerar o valor como alguma coisa de nominal, construção teórica da inteligência, mas como alguma coisa de ontológico que obriga todos os homens e, por isso, obriga cada um, embora em medida diferente. É verdade que o dever moral varia, em certa maneira, para cada homem, segundo as suas capacidades.
Daí, porém, não se conclui que tenha de ser construido; apenas se diz que o grau de relação é diferente. E é neste plano da relação que o problema do valor tem de ser colocado, para ser resolvido.

quinta-feira, novembro 01, 2007

Dueto por África