Alguns Pensamentos...

soalgunspensamentos@yahoo.com.br

quinta-feira, maio 29, 2008

As Coisas

A acção decorre no teatro da Trindade entre dois caixeiros viajantes e o amor que têm pelas coisas. Serão as coisas mais importantes do que as pessoas ou as pessoas é que se esquecem delas próprias e tornam-se coisas? No fundo, esta peça de teatro apresenta-nos o debate da condição humana e dá-nos a descobrir o significado e o valor das relações num mundo onde escasseia o espaço e o tempo físico para se estabelecer ligações com os outros, onde o trabalho e a azáfama das cidades nos engole. A não perder!

terça-feira, maio 27, 2008

Obesidade infantil: uma epidemia crescente

quinta-feira, maio 22, 2008

Ataques a imigrantes

Desde o início do ano que se registam, com uma frequência cada vez maior, na África do Sul, ataques aos imigrantes ilegais, sob a desculpa autóctone de falta de trabalho decorrente da presença de zimbaueanos e moçambicanos. O Congresso dos Sindicatos Sul-Africanos (COSATU) reconheceu que os problemas económicos sul-africanos não se devem à imigração. Bem pelo contrário, foi à custa desta que se tem desenvolvido o tecido económico sul-africano.
Paradoxalmente, ou talvez não, os imigrantes são o alvo de um povo que parece movido por um antigo refugiado dos anos do regime de apartheid e que voltou ao país sob a protecção do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados. É preciso não esquecer as disputas entre o presidente Thabo Mbeki, que tem sido tolerante com o Zimbabué, e Jacob Zuma, que quer uma maior pressão sobre Mugabe. Poderão estes distúrbios e desacatos estarem relacionados com o Zimbabué e com o Congo?

sexta-feira, maio 16, 2008

Duas "vias" na vida

Hoje, em amena cavaqueira aprendi que, na vida, há somente duas "vias": a primeira não é bem uma via porque nos conduz imediatamente ao centro, na ignorância do caminho; a segunda também não é uma via lato sensu, porque nada está traçado: é preciso inventar o caminho à medida que se vai avançando.

segunda-feira, maio 12, 2008

Liberdade e horizonte juvenil

Quarenta anos depois do Maio de 68, evoca-se o acontecimento como um período absolutamente marcante na história da segunda metade do século XX através de uma série de iniciativas. Perspectivando aquela data mítica, Zuenir Ventura, autor de um livro clássico, lançou agora no Brasil outro livro intitulado O que Fizemos de Nós. O pertinente título da obra transporta uma pergunta inevitável sobre o que dos anos 60 vai restando.
Poderá haver quem se lamente do alheamento da juventude relativamente a um certo empenhamento social e político, mas nada disso poderá, na verdade, ser um motivo de espanto. Existem diferenças existenciais profundamente marcantes onde cada geração integra a sua experiência vivida. De uma maneira geral, os jovens de hoje, herdeiros do Maio 68, usufruem de uma liberdade conquistada mas sem perspectivas numa vida condenada à precariedade, ao provisório e à instabilidade, em contraste com aqueles que nos anos 60 eram jovens, porventura sem liberdade, mas que tinham no horizonte a perspectiva de uma estabilidade reconfortante. Na nossa contemporaneidade, a ansiedade juvenil, não pela falta de liberdade, mas pela falta de futuro (que era o que antes abundava) surge como um novo desafio a superar.
Quando se tenta, hoje em dia, interrogar o afastamento da juventude, deve-se ter em conta esta ansiedade que, frequentemente misturada com desânimo, se torna na mentalidade reinante porque também é esse o enquadramento da realidade que é transmitido.