O negócio entre a Sonae e a PT
Face à diferença enorme entre a grande Sonae e a gigante Portugal Telecom, fica a curiosidade de saber quem vai realmente financiar a OPA (Oferta Pública de Aquisição) anunciada na noite de segunda-feira. Oferecer um prémio de 16% sobre o fecho de bolsa na segunda-feira e conseguir que uma empresa valorize até ultrapassar os dez mil milhões de euros não é algo ao alcance de muitos.
E só aparentemente será só a Sonae a comprar a PT. À imagem da Galp e no apoio a Amorim, os espanhóis do Santander estão envolvidos - a ver até que grau - no negócio. Mas se de um lado temos os espanhóis da Telefónica como accionistas de referência da PT, do outro lado temos a France Telecom como parceira de longa data da Sonae. Além disso, temos uma PT com estatutos blindados e direitos de votos condicionados.
O próprio Governo terá de pronunciar-se. E como é natural uma das consequências inerentes da OPA deverá ser a eliminação da «golden share», a qual confere ao Estado direitos especiais sobre a gestão da empresa. E com esta medida coloca-se Bruxelas no enredo.
Mas que ninguém duvide: Belmiro de Azevedo animou o mercado. Tocou num corpo onde, mesmo com muito capital disperso e "não identificado", estão parte considerável dos principais peões financeiros, como o BES e a própria CGD.
Mas que ninguém duvide: Belmiro de Azevedo animou o mercado. Tocou num corpo onde, mesmo com muito capital disperso e "não identificado", estão parte considerável dos principais peões financeiros, como o BES e a própria CGD.
Revelando-se ou não os interessados directos ou invisíveis na operação, com ou sem contra-OPA, temos OPA para durar alguns meses.
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