No meio de uma tempestade
Depois de Robinson Crusoe se ter abrigado em terra, após o naufrágio, e depois de ter retemperado as forças, recordou-se das capacidades de um "bom cidadão": inspeccionou a carcaça do navio, elaborou um inventário, estabeleceu um balanço das suas possibilidades e analisou a sua situação.
Acho que no que diz respeito à cultura, encontramo-nos na mesma situação que Robinson: naufragámos! Existe no nosso país uma crise que parece ser cada vez mais profunda e aparenta agravar-se geração após geração, apresentando-se cada vez mais insolúvel e com repercurssões no nosso país. Não é por acaso que Portugal se encontra em profunda transformação e num impasse que decorre de um afrontamento entre uma cultura dita tradicional e de uma transição para a experimentação de modelos novos, procurando colmatar falhas culturais que acabam por se tornar, também elas, nacionais.
O problema cultural é abrangente e não será certamente a blogosfera o espaço ideal para o tratar mas meramente para o equacionar. É um problema grave, gerador de tensões várias, mas não é uma catástrofe, desde que façamos como Crusoe: não perder a moral, não entrar em pânico, sermos capazes de aprender e termos a determinação e a persistência suficiente para propor uma reorganização cultural partindo de uma base. Para tal, será necessário fazer um inventário, realizar um levantamento do saber e separar aquilo que supostamente seja o essencial do acessório, examinando as nossas referências e corrijindo os nossos erros, as nossas falhas culturais, procurando recuperar uma capacidade que em Portugal foi há muito tempo colocada numa prateleira: a do discernimento.
Com esta capacidade em nosso poder, qual será, então, a situação se tirarmos os óculos côr - de - rosa? Certamente que nos acharemos no meio de uma tempestade, procurando um porto seguro.
Acho que no que diz respeito à cultura, encontramo-nos na mesma situação que Robinson: naufragámos! Existe no nosso país uma crise que parece ser cada vez mais profunda e aparenta agravar-se geração após geração, apresentando-se cada vez mais insolúvel e com repercurssões no nosso país. Não é por acaso que Portugal se encontra em profunda transformação e num impasse que decorre de um afrontamento entre uma cultura dita tradicional e de uma transição para a experimentação de modelos novos, procurando colmatar falhas culturais que acabam por se tornar, também elas, nacionais.
O problema cultural é abrangente e não será certamente a blogosfera o espaço ideal para o tratar mas meramente para o equacionar. É um problema grave, gerador de tensões várias, mas não é uma catástrofe, desde que façamos como Crusoe: não perder a moral, não entrar em pânico, sermos capazes de aprender e termos a determinação e a persistência suficiente para propor uma reorganização cultural partindo de uma base. Para tal, será necessário fazer um inventário, realizar um levantamento do saber e separar aquilo que supostamente seja o essencial do acessório, examinando as nossas referências e corrijindo os nossos erros, as nossas falhas culturais, procurando recuperar uma capacidade que em Portugal foi há muito tempo colocada numa prateleira: a do discernimento.
Com esta capacidade em nosso poder, qual será, então, a situação se tirarmos os óculos côr - de - rosa? Certamente que nos acharemos no meio de uma tempestade, procurando um porto seguro.
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