Srebrenica

A Iugoslávia da época, país unificado após a Segunda Guerra Mundial sob uma forma de comunismo moderado, era formada por várias repúblicas cujos habitantes eram de origens e religiões diferentes, mas viviam em relativa harmonia até que, como resultado do esfacelamento do mundo comunista europeu, surgiu um movimento de independência entre algumas repúblicas nomeadamente Eslovênia, Croácia e Bósnia-Herzegovina.

Consequentemente, o movimento pró-independência gerou repressão do centro, rapidamente se transformou em guerra aberta, e os conflitos étnicos-religiosos acirraram-se, gerando brutalidades de todas as facções. Contudo, os observadores internacionais são unânimes ao concordarem que as maiores atrocidades foram cometidas pelos sérvios e nenhuma foi mais ampla do que Srebenica, em 11 de julho de 1995, pouco antes do fim da guerra. O conflito iniciado encerrou rapidamente graças a um acordo assinado entre as partes. Dez anos após o massacre na cidade de Srebrenica, milhares de pessoas relembraram os mais de 7 mil mortos. Sem dúvida que é necessário relembrar para, no mínimo, não voltar a acontecer pois o acontecimento de 11 de julho de 1995 foi o pior genocídio desde a Segunda Guerra Mundial que teve como principais responsáveis o ex-general bósnio Ratko Mlavic e o ex-líder político Radovan Karadzic que se encontram em liberdade, sem serem julgados pelos seus crimes. Irónico é que Srebrenica parecia ser um local seguro para os muçulmanos bósnios, delimitado pelas Nações Unidas e protegido por soldados da paz holandeses que nada valeu quando a área foi tomada de assalto por tropas sérvias que consumaram o "mal absoluto".

Presente nas cerimónias esteve o Ministro dos Negócios Estrangeiros Britânico, Jack Straw, que pediu desculpas em nome da Comunidade Internacional, dizendo que era vergonhoso que o pior massacre a ocorrer na Europa desde a II Guerra Mundial não tivesse sido evitado...