Caprichos ou necessidades?
O Governo anunciou os seus grandes investimentos em obras públicas a serem lançados durante esta legislatura no sentido de revitalizar a economia, na tentativa de afastar Portugal da tão perigosa red line. Desses projectos, um dos mais badalados tem sido o do TGV mas não pelas melhores razões. O timing escolhido para a execução deste empreendimento aborrece os portugueses que gostariam de ver o Estado, num tempo de “vacas magras”, investir verdadeiramente em projectos que tivessem um retorno para a economia e não apenas nas finanças das empresas de construção civil.
Como diz o povo, “gato escaldado de água fria tem medo”… depois de obras- primas de gastos avultados como, por exemplo, a abundância exagerada de estádios de futebol, realizadas, ainda por cima, com o dinheiro dos portugueses, estes parecem não querer participar mais em inaugurações eleitoralistas e de despesa (de investimento e de manutenção) que se saldam em prejuízos a serem sustentados por gerações de portugueses, onde o TGV emerge, neste cenário político - social, como um bom exemplo. É um equipamento que não só nunca foi devidamente justificado em termos de necessidade funcional e económica, como nem sequer houve a tentativa por parte de sucessivos governantes de desmentir que se trata de um projecto iminentemente político e contendo uma forte componente iberista na sua iniciativa. Talvez por isto, nenhum investidor privado mostrasse interesse por este projecto sem sustentação comercial. E se alguma dúvida houvesse, o Ministro das Obras Públicas esclareceu-a em declarações recentes, ao dizer que o TGV terá necessariamente que ser aproveitado para o transporte de mercadorias porque apenas o fluxo de passageiros não será suficiente para por si só justificar o projecto.
Como diz o povo, “gato escaldado de água fria tem medo”… depois de obras- primas de gastos avultados como, por exemplo, a abundância exagerada de estádios de futebol, realizadas, ainda por cima, com o dinheiro dos portugueses, estes parecem não querer participar mais em inaugurações eleitoralistas e de despesa (de investimento e de manutenção) que se saldam em prejuízos a serem sustentados por gerações de portugueses, onde o TGV emerge, neste cenário político - social, como um bom exemplo. É um equipamento que não só nunca foi devidamente justificado em termos de necessidade funcional e económica, como nem sequer houve a tentativa por parte de sucessivos governantes de desmentir que se trata de um projecto iminentemente político e contendo uma forte componente iberista na sua iniciativa. Talvez por isto, nenhum investidor privado mostrasse interesse por este projecto sem sustentação comercial. E se alguma dúvida houvesse, o Ministro das Obras Públicas esclareceu-a em declarações recentes, ao dizer que o TGV terá necessariamente que ser aproveitado para o transporte de mercadorias porque apenas o fluxo de passageiros não será suficiente para por si só justificar o projecto.
Assim, estamos esclarecidos quanto ao próximo desígnio nacional de «chegar a Madrid em menos de 3 horas», ainda que não consigamos esclarecimento do porquê de, depois de 20 anos, ainda se demore 3 horas e 45 minutos para se ir de Lisboa a Faro pelo Inter - Cidades numa linha que, embora reformada e electrificada, ainda é praticamente a mesma da década de 30 do século XX.
A acção governativa cada vez menos se coaduna com a formulação de inquietações de modo a agir conscientemente para o bem – comum de todos os portugueses. O agir só por agir é um desperdício, vocábulo e acção ultimamente corrente entre os políticos portugueses… Lembro a barragem hidro-eléctrica construída mas não concluída em Foz Côa, cuja praticabilidade foi praticamente inexistente. Uma barragem inacabada, um investimento desperdiçado, o caudal do rio desaproveitado, megawatts de energia eléctrica gratuita a correrem para o mar e, a cereja em cima do bolo, a correspondente factura energética de anos a importar petróleo e carvão para compensar a energia hidro – eléctrica desaproveitada; enfim, depois dizem para pouparmos água, para fecharmos a torneira enquanto escovamos os dentes…
A acção governativa cada vez menos se coaduna com a formulação de inquietações de modo a agir conscientemente para o bem – comum de todos os portugueses. O agir só por agir é um desperdício, vocábulo e acção ultimamente corrente entre os políticos portugueses… Lembro a barragem hidro-eléctrica construída mas não concluída em Foz Côa, cuja praticabilidade foi praticamente inexistente. Uma barragem inacabada, um investimento desperdiçado, o caudal do rio desaproveitado, megawatts de energia eléctrica gratuita a correrem para o mar e, a cereja em cima do bolo, a correspondente factura energética de anos a importar petróleo e carvão para compensar a energia hidro – eléctrica desaproveitada; enfim, depois dizem para pouparmos água, para fecharmos a torneira enquanto escovamos os dentes…
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