Conversar...
Conversar é uma forma de sociabilidade indispensável para a consistência da vida em comum, dando densidade ao que é viver em sociedade. Porém, assim como a sociedade sofreu grandes transformações ao longo dos tempos, também "o conversar" e a sua aplicabilidade não ficaram imutáveis. Conversar, hoje em dia, é um conceito e uma prática transformada numa mera banalidade em alguns sectores da sociedade ocidental, não sendo encarado como forma privilegiada para o debate de ideias e para o exercício produtivo das capacidades intelectuais. Na sociedade ocidental é visível o declínio do hábito de conversar intelectualmente, estando perigosamente em extinção. Em vez de se construir uma conversa, articulando o nosso raciocínio no dos nossos interlocutores, analisando argumentos, avançando para novas ideias, limitamo-nos a "trocar ideias", no sentido comercial do termo.... toma lá a minha opinião, dá cá a tua, e já está, tudo fica na mesma.
Muitas vezes este fenómeno acontece a coberto de pretensos ideais democráticos, parece querer a todo o custo evitar os problemas e os confrontos, em busca de um consenso que a ninguém desagrade e a todos satisfaça. A consequência desta atitude é desastrosa pois cada vez mais ninguém está para pensar sobre o que os outros dizem, apenas se aceitando ou recusando, sem mais elaboração. E quando as ideias diferem, o mais habitual é uma de duas soluções, ou ignorar as opiniões adversas ou então atacá-las como ofensivas sem discutir os seus argumentos; a agressividade crítica não fundamentada ou o ignorar ostensivo está a tornar-se um elemento comum nas sociedades ocidentais. Discutir ideias, analisá-las, aperfeiçoá-las, modificá-las perante os outros é uma vertente infelizmente cada vez mais rara nas sociedades ocidentais, sendo considerada como sinal de fraqueza das nossas próprias convicções ou crenças.
Mas este fenómeno traduz-se, na prática, numa crescente esterilidade do que passam por ser os “debates” de ideias no nosso país da vida política à académica mas passando por quase todos os aspectos da nossa vida. É urgente perceber que o contraditório não é necessariamente uma ameaça, mas antes um mecanismo indispensável para o progresso.
Muitas vezes este fenómeno acontece a coberto de pretensos ideais democráticos, parece querer a todo o custo evitar os problemas e os confrontos, em busca de um consenso que a ninguém desagrade e a todos satisfaça. A consequência desta atitude é desastrosa pois cada vez mais ninguém está para pensar sobre o que os outros dizem, apenas se aceitando ou recusando, sem mais elaboração. E quando as ideias diferem, o mais habitual é uma de duas soluções, ou ignorar as opiniões adversas ou então atacá-las como ofensivas sem discutir os seus argumentos; a agressividade crítica não fundamentada ou o ignorar ostensivo está a tornar-se um elemento comum nas sociedades ocidentais. Discutir ideias, analisá-las, aperfeiçoá-las, modificá-las perante os outros é uma vertente infelizmente cada vez mais rara nas sociedades ocidentais, sendo considerada como sinal de fraqueza das nossas próprias convicções ou crenças.
Mas este fenómeno traduz-se, na prática, numa crescente esterilidade do que passam por ser os “debates” de ideias no nosso país da vida política à académica mas passando por quase todos os aspectos da nossa vida. É urgente perceber que o contraditório não é necessariamente uma ameaça, mas antes um mecanismo indispensável para o progresso.
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