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segunda-feira, novembro 07, 2005

O desafio das ciências cognitivas

Alguns autores consideram que as grandes revoluções da era moderna que mudaram a concepção que temos de nós mesmos foram três, associadas a três grandes nomes da ciência: Galileu, Darwin e Freud.
As três revoluções tiveram consequências imediatas sobre a metodologia científica em diversas áreas, como, por exemplo, na astronomia, na física, na sociologia, na psicologia, na biologia e mesmo na história. Mas elas exerceram uma influência, que considero importante, sobre a concepção que temos de nós mesmos, das nossas relações sociais, e da nossa relação com o mundo que nos rodeia.
É muito possível que estejamos, na época em que vivemos, no início de uma nova revolução, semelhante às que são associadas àqueles três cientistas, uma revolução provocada pelos rápidos desenvolvimentos das ciências cognitivas que se têm verificado desde o século passado e cujo fim e implicações não se vislumbram ainda por completo, permanecendo em aberto um vasto leque de hipóteses quanto a desenvolvimentos futuros. Trata-se em alguns casos, de hipóteses pertubadoras, mas ao mesmo tempo muito estimulantes, já que poderão conduzir a um melhor conhecimento de nós mesmos, sendo talvez hipóteses que nos convidam a prosseguir um caminho sem regresso.
O impacto desta nova revolução operada pelas ciências cognitivas é talvez bastante mais radical que o das revoluções anteriores, já que pretende, em certos aspectos, englobá-las e, ao mesmo tempo, superá-las numa espécie de síntese nova e aberta a contínuas e inesperadas novidades. Infere, sobretudo, nos aspectos que se referem à concepção tradicional do ser humano que continua a sofrer transformações.