Seca extrema ou severa
No relatório quinzenal disponibilizado aqui, a instituição alerta para o facto de em quinze dias a seca rapidamente ter alastrado de 79% para 97% em Portugal, sendo que, até 15 de Junho, metade do país estava afectado por seca extrema, 29% era classificado como seca severa e 19% como seca moderada, unicamente 2% do território vivia um período de seca fraca. No entanto, na última quinzena do mês passado o panorama agravou-se.
O INAG revela agora que mais de metade do país, 64%, está a passar por uma seca extrema, 33% por severa e 3% por moderada. A situação é realmente preocupante tendo em conta estes dados, sabendo que os rios apresentam os leitos de água mais reduzidos e o armazenamento nas albufeiras, apesar de estabilizado, encontra-se a níveis abaixo da média, o que causa um aumento de 25 para 39% do número de municípios que, nestes últimos 15 dias, têm recorrido a autotanques para abastecer os reservatórios dos sistemas de abastecimento de água às populações locais.
O Instituto da Água alerta ainda para o facto de em Agosto a situação poder piorar ainda mais pela ausência de pluviosidade, o que, tendo em conta a época de incêndios em que o país se encontra, trará consequência muito graves, de autêntica calamidade.
Esta é uma das situações de seca mais preocupantes dos últimos 60 anos em que a agricultura e a pecuária são, até agora, as áreas mais atingidas, sobretudo no sul do país, não havendo meios suficientes para minimizar o efeito desta seca. A comissária europeia para a Agricultura e Desenvolvimento, Mariann Fischer Boel, a convite do ministro da agricultura, deslocou-se a explorações agrícolas nos distritos de Beja e de Évora, onde esta realidade é bem visível, na tentativa de contribuir para uma solução (milagreira) a curto prazo.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home