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sexta-feira, julho 28, 2006

A tragédia no Médio Oriente

Um «argumento» dos apoiantes de Israel na guerra do Líbano, contra os seus críticos, é o de que quem não está com Telavive está com o Hezbollah. «Se não estás connosco, estás com o outro lado» - , uma versão semelhante à de Bush, quando, na véspera da invasão do Iraque, clamava que quem não estava com Washington, estava com «eles», querendo dizer Saddam Hussein.
O argumento, em si mesmo, não passa de uma óbvia mistificação retórica, destinada apenas a legitimar, sem censura, os erros e excessos belicosos nesta guerra que assola o Médio Oriente. Por mim, se existe algo que abomino, desde sempre, são os regimes e os movimentos políticos fundamentalistas, como o regime iraniano e o Hezbollah.
Aliás, a razão por que Israel não convence muita gente só tem a ver com o Hezbollah na medida em que a sua resposta à provocação deste, com o massacre indiscriminado de infra-estruturas e de civis inocentes no Líbano, só veio aumentar as razões de queixa e de ódio antijudaico entre as massas árabes, inclusivé no Líbano, sentimentos que ampliam os apoios do Hezbollah e dos movimentos radicais islâmicos. Não esquecer que foi a prolongada ocupação israelita do Líbano que criou o Hezbollah; agora, com o novo ataque destrutivo ao Líbano, Israel está a entregar ao Hezbollah o protagonismo de todos os agravos árabes contra o Estado judaico, incluindo na questão palestinina. O que é uma tragédia, tanto para os palestinianos como para Israel.